terça-feira, 3 de dezembro de 2013

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BRUXARIA
"A Bruxaria Tradicional é o Caminho Sem Nome da Arte Mágicka. É o Caminho da Bruxa, o chamado do coração que indica a vocação do Homem de Conhecimento e da Mulher Sábia; é o Círculo Secreto de Iniciados constituindo o corpo vivo da Antiga Fé. Seu ritual é o Sabbat do Sonho-feito-Carne. Seu mistério jaz no Solo, abaixo dos pés Daqueles que trilham o caminho tortuoso de Elphame.
Sua escritura é o caminho dos Homens de Conhecimento e fascinadores, o tesouro da tradição relembrada por Aqueles que honram os Espíritos; é a gramática do conhecimento sussurrado ao pé do ouvido, amados por Aqueles que mantém sagrados os segredos dos mortos e confiados Àqueles que olham sobre adiante... As respostas a quem pergunta sobre a Bruxaria Tradicional jazem na suas terra nativa: o Círculo da Arte das Artes!"
Tais são os meus pensamentos sobre essa questão e como tais eles são somente meus e, não menos do que isso, eles são os pensamentos de um homem que caminhou muitas vezes em volta do círculo do povo astuto. Para a questão "o que é Bruxaria Tradicional?" há tantas respostas úteis quanto há praticantes desta crença misteriosa. Não há uma resposta direta somente para tal indagação e é a maravilhosa diversidade de respostas possíveis que os genuínos praticantes oferecem que é, para mim, mais atraente. O escopo de práticas e crenças que o nome "Bruxaria Tradicional" abrange é desconhecido e deve assim permanecer para sempre; e, todavia, se uma percepção dessa diversidade puder ser alcançada por um discurso, nós podemos então talvez intuir a natureza secreta que nos unifica a todos. Quando me refiro acima para "respostas úteis", eu quero dizer especificamente aquelas respostas que possam ser de uso e valor diretos para irmãos praticantes. Pois o espírito no qual esse discurso é entendido é aquele que possa ser de préstimo para cada um de nós todos para os quais a questão é endereçada. Contudo, existe um certo número de pessoas que pode prestar contas sobre a natureza da Bruxaria Tradicional. Tais adeptos são, em verdade, poucos e discretos. Durante tempos recentes tem havido uma evidente mostra da superfície da Arte Antiga no domínio público da literatura publicada, livros e artigos.
Esta atividade pública é o eco de um reerguimento interno de conhecimento. A florescência da Fé Antiga está tornando público a sua essência vital, fervendo os canais subterrâneos da prática mágica, subvertendo o seu poder para as veias que se entranham pela terra, alimentando e nutrindo a terra verdejante de Albion novamente. Pois nós que partilhamos do Mistério da Fé Antiga somos os guardiões da terra: nosso conhecimento é o arcano do seu coração e também do nosso.
À este caminho nós devemos ser fiéis! A manifestação pública da Fé Antiga não tem aparecido de um modo uniforme, ao contrário, tem exibido uma variedade estimulante de formas. A estes vários canais da Tradição alguém pode se referir como "costumes" do Antigo Rito; cada um diferindo de acordo com o Mestre ou Mestra responsável pela distribuição do seu conhecimento. Alguém poderia pensar que a existência da literatura pública disponível indicaria a tendência rumo um enfraquecimento - uma diluição - da essência espiritual da Tradição, mas este não tem sido o caso. De fato, exatamente o contrário é que é verdade: a direção é rumo a um alargamento e aprofundamento na riqueza espiritual da Fé Antiga. A Arte Antiga está emergindo como um Caminho que possui uma amostra de aspectos diversos, estendendo-se da feitiçaria prática gerada no nível da magia popular - as artes dos homens de conhecimento e fascinadores - até o espectro de técnicas mágicas apreendidas, alcançando em apoteose as alturas de um genuíno misticismo.
Com o intuito de esclarecer esta diversidade é útil citar e dar um breve resumo de tradições exemplares e específicas que estão na vanguarda do nosso presente ressurgimento:
O Caminho dos Oito Ventos: este é o ressurgimento Anglicano Oriental da Arte sem Nome exposto por Nigel Pennick. Essencialmente, representa uma escola específica de prática mágicka, derivada do caminho iniciático de "Sigaldry", uma tradição de conhecimento rúnico, incorporando tanto elementos pagãos quanto cristãos em uma síntese mágica coerente. Seu modo de sucessão é, de acordo com Pennick, passado de mestre para discípulo e é perpetuado por transmissão de conhecimento tanto oral quanto escrito. É importante notar que no seu livro Secrets of East Anglican Magic, é feita uma referência à Antient Order of Bonesmen, à fraternidade mágica de cultuadores de cavalos e aos mistérios solitários dos homens e mulheres-sapos. Estas são outras formas de práticas mágicas ainda operativas nas mesmas regiões e às quais podem ser referidas, em termos generalistas, como "Bruxaria Tradicional."
Via Nocturna: a Convenção do Espírito da Caça. Este é o caminho iniciático de ensinamentos da Sabedoria exposto por Nigel Aldcroft-Jackson, o Magista Janus ben Azazel. Seus ensinamentos são derivados de transmissões de conhecimento tanto orais quanto escritas e, no seu conjunto, constitui uma síntese de muitos diversos aspectos de tradições de bruxaria. Em resumo, o núcleo central da Convenção é revelado dentro de um estado de gnosis mágica no qual o buscador se incumbe da peregrinação espiritual noturna para o Sabbat. A Via Nocturna é, portanto, o conclave invisível de iniciados reunidos através de uma paridade de experiências dentro de um transe extático. Sua sabedoria é acessível para aqueles que passaram pelos portais transliminares deste mundo e os quais já empreenderam a noite-jornada iniciática para os reinos oníricos da orgia sabática. Este caminho particular de Bruxaria Tradicional é notável em sua contribuição para o que pode ser chamado de "Misticismo Witânico", o corpus de conhecimento derivado diretamente da experiência gnóstica da formulae sabbática. Na sua contribuição para este campo de ação, a Convenção tem sido instrumental em extrapolar a essência mística interior dos ensinamentos de várias outras práticas da Arte, mais importante talvez do que aquelas do Clã de Tubal-Cain.
O Clã de Tubal-Cain: esta é a Tradição de Prática da Bruxaria perpetuada pelo recentemente falecido Robert Cochrane. De acordo com Cochrane, o Clã era o corpo de iniciados cujos mitos e métodos de prática oculta derivam das antigas bruxas nórdicas. É notável que os componentes da sua construção mítica mostram evidências da influência das últimas fontes daemonológicas medievais, especialmente em consideração aos Ensinamentos que concernem a descida dos Guardiões, o papel de Tubal-Cain e a reverência dada a ele como preceptor da genealogia iniciática, ou sangue bruxo. A importância da contribuição do Clã para o desenvolvimento contínuo da Bruxaria Tradicional é evidenciado na influência criativa que foi trazida para conduzir para aqueles que foram diretamente envolvidos neste trabalho. O maior pioneiro é Evan John Jones, que tem feito muito serviço para esclarecer vários aspectos dos Ensinamentos do Clã, especialmente aqueles que rodeiam as formas míticas do Castelo, da Caveira e da Rosa, e do Cabrito no Bosque Sagrado.
Cultus Sabbati: este é o nome adotado por razões de comunicação e identidade entre diferentes grupos de iniciados em tradições de Bruxaria sem nome. Na sua presente forma, o Cultus é servido pelo autor desse tratado no papel de seu Presidente Magista. Como tal eu vou procurar descrever seu nome e função com a objetividade cabível. O Cultus opera como veículo para a transmissão da Corrente Mágica Quitessencial e é ativo no ressurgimento da prática mágica referido em trasmissões orais, rituais e escritas como "A Feitiçaria do Caminho Tortuoso". Dentro do Cultus várias práticas da Arte estão em operação concomitante; isto é refletido na estrutura dos seus grupos constituídos. Estes grupos incorporam o contexto de trabalho tanto de covens quanto de círculos menores de trabalho; a ênfase dos grupos se dá na autonomia de cada iniciado. Uma importante função do Cultus é servir como um mediador para a confluência dos seus forças mágicas de poder. Apesar deste campo de operação estar presentemente centralizado dentro do condado de Essex, o Cultus conhece um número de linhas iniciáticas trans-culturais de sucessão desde os arredores do país até além dele. Os ensinamentos de sabedoria centrais são passados adiante tanto oralmente quanto ritualmente, através da Feitiçaria Transcendental e da Gnosis dos Mistérios Sabbáticos. Estes são apenas quatro formas de expressão da Fé Antiga, mas a sua diversidade é o testamento da rica estrutura da Espiritualidade Mágica Britânica.
A validade histórica destes quatro exemplos de "Bruxaria Tradicional" não é bem o meu encargo afirmar ou questionar, mas, por outro lado, o impulso criativo diáfano que eles geram são, para mim, a mais valiosa forma de autenticidade, independentemente de qualquer outra coisa. Há uma impressão notável de insights e sincretismos criativos concedidos pelos trabalhos publicados sobre estes exemplos e isso serve para futuras "respostas" à minha questão inicial. É típico dos genuínos homens-de-conhecimento utilizar o que quer que esteja à mão e mudar o rumo de todas as influências, independentemente da sua procedência religiosa, para as causas secretas da Arte. É por isso, então, que a Arte Antiga adota para si mesma uma grande opção de atitudes e métodos, estendendo-se desde simples tópicos de feitiçaria até às mais altas formas cerimoniais de conjuração.
Em todos os contextos, qualquer um pode achar partes de crenças e conhecimentos mágicos de muitos tempos e lugares diversos, mas todos são achados para funcionar dentro da arena trans-histórica da dimensão sagrada, quer seja o círculo mágico da Bruxaria, quer seja o canteiro nônuplo de Sigaldry. Desde as suas raízes na magia popular, em todos os seus muitos aspectos, a forma da Bruxaria Tradicional está continuamente se desenvolvendo e é neste respeito que alguém pode perceber as trajetórias em suas próprias possibilidades. A paisagem espiritual da Arte está sendo moldada, através do poder da sua própria corrente, por uma potente estética de ecletismo mito-poético; a sua rica variedade de conhecimento ancestral está alcançando uma nova definição de forma, culminando no refinamento de uma profunda metafísica de êxtase: um verdadeiro ensinamento de sabedoria de gnosis mágica. Isto pode ser visto como um desenvolvimento natural de um estágio de prática religiosa para um nível mais sofisticado, ou ainda - de um ponto de vista iniciático - pode-se perceber a emergência de um Misticismo Witânico através do oportuno desvelamento do conhecimento que tem sido o coração da Tradição. Pois assim como o fogo queima brilhantemente no centro do círculo, também nós e o círculo devemos girar eternamente ao redor do nosso eixo através das muitas estações do Tempo e Destino e através da dimensão sagrada da Arte, nós nos aproximamos mais do centro atemporal no meio da mudança do aeon e da hora.
É possível que alguém perceba um desenvolvimento em direção às aparentemente abstratas alturas do pensamento místico que esteja ocorrendo em rejeição da simples herança do "bom povo de Elphame" que viveu antes de nós, mas não é assim. Na minha opinião e como exemplo, a meada da bruxaria - a corda atada - pode ser tanto para cura quanto para ferir e também para a tarefa mística de contemplar os estados da alma. O horizonte do círculo é sem limites e a extensão da nossa real iniciação é mensurada somente pela nossa própria auto-limitação dentro do seu limite infinito. Para retornar à questão inicial deste discurso e para seguir outro caminho através do labirinto, deixe-nos considerar a Bruxaria Tradicional, seus nomes e sua significância em discussões gerais sobre magia, e também os significados pelos quais o seu Caminho é perpetuado. Em termos gerais e através deste artigo a "Bruxaria Tradicional" refere-se às práticas pagãs mágicas e religiosas que têm sido transmitidas desde pelo menos o começo do século vinte. Geograficamente, o termo implica à magia popular britânica do passado e contemporânea, mas pode se estender para abarcar crenças e práticas de proveniência européia, principalmente do norte da Europa. A despeito da demarcação espacial assumida em razão deste discurso, a Fé Antiga possui formas inumeráveis e pode ser vista em muitas regiões da Terra. Além disso, as influências culturais que caracterizam formas antigas e modernas da Bruxaria Tradicional na Bretanha são muitas e diversas, caracterizando marcas de conhecimento que testemunham uma mescla de métodos iniciáticos provindos do mundo todo.
Na literatura esotérica, histórica e antropológica da última metade do século XX, o termo Bruxaria Tradicional é geralmente usado para se referir às práticas de magia popular que antecedem, ou correm ao lado de, aos ressurgimentos modernos ou "reformados" da prática da Arte. A forma moderna de Bruxaria é conhecida genericamente como "Wicca", apesar de se dever notar que muitas variações deste movimento modernos existem e são chamados por muitos outros termos. Em distinção à "Wicca", a Arte Antiga é referida pelos seus adeptos como 'Weikka'; este termo é freqüentemente na linguagem da Arte como 'Wytcha' - que dizem significar "A religião dos feiticeiros". Outras conexões e derivações úteis são as seguintes: da língua anglo-saxã wicce/wicca - 'witch', wiccian - "fazer um feitiço', witte - 'wise', wittan - "ser sábio'; do germânico antigo Wikkerie - 'Witchery'; do islandês vita - 'saber'; vikti 'um mago'; do sueco wika - 'dobrar, girar'; do norueguês vikja - 'desviar, desconjurar, exorcizar'; do anglo saxão wikken - 'tornar malévolo', hence wicked - 'ser malévolo' e também ser yfel - além das barreiras do consenso mortal de percepção. Muitas discussões são feitas sobre tais palavras e nomes; isto pode ser útil para o praticante desde que possa encorajá-lo a ver novas perspectivas sobre o caminho, mas quando isto não pode ser feito tais discussões são irrelevantes para aqueles engajados na prática da Arte. As pessoas deveriam prestar atenção para o que é útil dentro do círculo e o que não é.
Certos escolásticos da academia convencional tem alegado que a palavra wicca era usada originalmente apenas em sentido pejorativo, ou seja, como um termo de abuso ou insulto contra qualquer desafeto ou suspeito de malefício ou magia negra, e ficou, de fato, fora de uso sob qualquer forma que fosse até o movimento da bruxaria moderna. Apesar de tudo, pode-se citar o uso não-pejorativo de derivações conectadas tais como witan "saber" - em vários exemplos históricos. Entretanto, a despeito destas alegações, deve ser dito que a palavra derivada Wytcha esteve em uso durante o século vinte entre certos descendentes contemporâneos das tradições dos homens-de-conhecimento em Essex. Quer o termo tenha sido transmitido através de séculos de prática secreta ou retomado como um nome de identificação apenas no dia de ontem, é pertinente falar sobre algumas das razões para o seu uso atual. Da perspectiva do praticante, a adoção deste termo é um meio auto-consciente de expressar a sua identidade como pertencente aos Homens-de-Conhecimento, como "Aquele que Sabe", um portador do sangue bruxo e também como um iniciado na verdadeira tradição bruxa. Além disso, sendo que wytch significa "curvar ou girar" é um termo apropriado em se considerando a natureza "tortuosa" do caminho dos feiticeiros. Se o uso pejorativo de wicca for aceito, então o uso presente do Wytcha também desse ser. O Homem da Arte move-se no limiar da sociedade; ele caminha dentro do mundo da Humanidade, mas na verdade está fora dele. Um caminho de culpa e da blasfêmia será apagado quando alguém se mover além dos parâmetros normativos da sociedade.
Além do mais, alguém poderia dizer que 'Wytcha' é simplesmente a pronúncia correta da palavra anglo-saxã wicca e que é usada auto-conscientemente por homens-de-sabedoria contemporâneos como uma reinvindicação deliberada de uma identidade única e distintiva dentro do espoco da religião mágica moderna. Tendo-se dito isso, é uma preferência costumeira de tais praticantes usar o termo "feiticeiro" e "feitiçaria" para si mesmo e para a sua Arte ou então, freqüentemente, não usar nome algum. Outros epítetos em uso para os Práticas Ancestrais da Arte são, como mencionados acima, 'A Arte sem Nome', 'A Via Nocturna', 'A Arte Sabática', entre outros. Todos estes epítetos podem ser usados em discussões sobre magia para dar nome a "algo" que por natureza não tem nome: nomes são funcionais para propósitos de comunicação e auto-identidade. Uma vez que é útil definir e então distinguir os vários modos de Antiga Arte uns dos outros e das suas contrapartes modernas, deveria-se ter em mente que em certos momentos a Antiga Arte se fundiu ou adotou crenças de tais práticas reformadas. Dadas as inclinações naturais do praticante mágico em direção ao sincretismo, há uma constante fertilização cruzada entre aqueles que interagem entre si dentro e foma do círculo; conseqüentemente, nós todos emprestamos idéias uns dos outros. Entretanto, as várias formas de Wicca moderna não são o assunto em questão e ainda que elas tenham um papel importante na história e desenvolvimento da prática mágica no século vinte, o propósito desta dissertação investigar a natureza daquelas correntes da Arte cuja origem é de grande antigüidade.
Pois dentro de tais correntes será encontrado um sincretismo que tem simplesmente sido operativo por um longo período e que é provável que tenha absorvido mais influências e que as tenha integrado dentro de um corpo de grande maturidade espiritual. A integração de influências wiccans modernas em correntes mágicas mais antigas é apenas um aspecto em desenvolvimento; há muitas outras influências nas práticas de Bruxaria Tradicional que também podem ser citadas. Ao se falar sobre tais integrações, eu preciso, por motivos de cortesia, dar todo o respeito àqueles praticantes da Arte Antiga que vêem as suas próprias práticas como puras e distintas. O fato de haver influências de outras fontes não é nenhuma mancha e nem é necessariamente um ato comprometimento; este fato pode ser uma parte consciente de uma espiritualidade criativa em andamento. Dentro deste contexto do meu próprio caminho eu tenho tido contato direto com iniciados de outras tradições mágicas notáveis e tenho aprendido grandemente com tais interações. Tais contatos me conduziram a envolvimentos ativos dentro dos Caminhos de Uttar Kaula Tantrikas e, em um nível superficial, dentro da Tradição Sufi de Ovaysiyya. Este envolvimento tem servido apenas para enriquecer o meu trabalho dentro dos Conclaves dos Mistérios Sabáticos. Tanto através do Cultus Sabbati e como praticantes independentes, eu e outros iniciados na Tradição dos Homens-de-Conhecimento de Essex temos procurado conexões iniciáticas transculturais e através de tais esforços muitas influências importantes tem servido para sustentar o reerguimento contemporâneo da nossa prática. Uma consideração mais profunda de tais influências podem ser deixadas para outra ocasião. Fundamentalmente, este é o motivo que fundamenta os propósitos de tal interação a qual, para mim, distingue as várias correntes da arte. Em Crença, todos nós somos guiados por motivações aparentemente similares, mas no meio Prole de Cain há uma metodologia diferente de crença que surgiu da disposição natural rumo a uma mentalidade feiticeira. Não é por nada que nós temos sido chamados de "Homens-de-Conhecimento!"
Quando se fala em Bruxaria Tradicional faz-se freqüentemente muitas menções a ela sendo deixada como legado ou sendo passada adiante. O que se entende por essas duas frases diferentes? Da minha própria experiência como iniciado e iniciador dentro da Sabbatic Cultus, eu posso contar muitas maneiras pelas quais a Tradição é transmitida de uma pessoa a outra de geração a geração. A maneira mais óbvia é a transmissão oral: a palavra falada. Este é o "conhecimento passado de boca para ouvido" que é relatado de um praticante para outro, seja de Mestre para aprendiz, seja como conhecimento dividido em discussões entre contemporâneo de um círculo ou clã. Freqüentemente, é neste contexto que os mais preciosos fragmentos dos ensinamentos são preservados e é ao redor dessa sabedoria não-escrita que existe uma certa aura de tabu. Por serem intraduzíveis para a palavra escrita, os ensinamentos orais da Arte existem no reino entre o Pensamento e o Texto; eles habitam com os espíritos nos reinos movediços da memória e da lembrança. Quando deveriam tais ensinamentos serem escritos? - esta é uma questão que eu tenho feito a mim mesmo. Em resposta, eu concluo que alguém deveria escrever tais coisas quando há o perigo de eles serem perdidos ou esquecidos. Apesar de tudo, eu acredito que nada é realmente esquecido sobre a Arte, pois dentro do seu próprio domínio - o Círculo - os espíritos irão falar àqueles com ouvidos para escutar. É de boca em boca que o verdadeiro e invisível grimoire dos Homens-de-sabedoria é transmitido através das eras; é um livro cujas folhas foram espalhadas por várias mãos e que mesmo assim são costuradas sob uma mesma capa de pele e sangue.
Em alguns casos, a transmissão oral da tradição é executada no contexto formal de instrução. É nestes casos que o modo falado de trasmissão é operativo dentro do contexto especialisado da iniciação cerimonial. Isto nos leva à mais importante maneira pela qual a Tradição é deixada como um legado: a genealogia do poder espiritual transmitida ritualmente. Este é um assunto complexo devido à variedade de procedimentos envolvidos, mas, basicamente, o processo ao qual estou me referindo é o cumprimento da indução iniciática de um aspirirante através de um ritual conhecido por "transmitindo o poder". Este é o ato mágico aonde todo o poder da Tradição é transmitido diretamente do Iniciador para o seu (a sua) discípulo(a), de Mestre para aprendiz. Dentro das várias corporações da Arte, e também dentro de fraternidades afiliadas à Ordens Franco-maçônicas (ou delas derivadas), o ato de "transmissão" é feito assim: o aspirante se abaixa, sustentando-se em um joelho, ante o iniciador, com o joelho esquerdo tocando diretamente o chão e a perna direita formando um quadrado com a terra. O candidato segura em ambas as mãos o grimório ou Livro Sagrado da(o) Ordem/Coven. O iniciador em seguida coloca a sua mão direita sobre a cabeça do candidato e a sua mão esquerda sobre os seus pés direitos, formando um grande quadrado. O iniciador então "intenta" todo o poder da Tradição para dentro do corpo receptivo do candidato. Este ato, executado em muitas variações do modo citado, é feito para "selar" o processo de aprendizado pelo qual o candidato passou. O processo de aprendizado dura diferentes períodos de tempo e é construído de acordo com aquele que está sendo ensinado.
Na Tradição Sabbática, o processo de aprendizado é dividido em duas partes. Primeiramente, um período probacionista de nove meses é levado adiante, durante o qual o aspirante é simplesmente avaliado por vários requisitos de caráter. Quando isto se completa, o aspirante é convidado a fazer um ritual de dedicação; este rito os declara ao caminho da Tradição e começa a fase formal de instrução que dura um ano e um dia. Durante o ano iniciático, o candidato é literalmente guiado ao redor do círculo em uma completa viagem de mente, corpo e espírito. No cumprimento deste circuito, ocorre o rito formal de iniciação, o aspecto central daquilo que é o ato anteriormente mencionado de "transmissão". O ato de "selar" o processo de instrução efetivamente cria a posição verdadeiramente autônoma do novo iniciado. Pois dentro do ato de transmissão todo o conhecimento da Tradição flui dentro do candidato em um estado de transmissão gnóstica. É então da sua responsabilidade recordar-se da Tradição de acordo com a sua própria predileção. Notar-se-á por aqueles que passaram por este tipo de transmissão que há muitas variações da sua execução; todas essas variações são igualmente válidas, pois é a significância iniciática codificada dentro dos gestos rituais que é de importância única. Uma terceira forma de "transmissão" é a transmissão textual dos ensinamentos; isto é de alguma forma parecido com a maneira de perpetuação dos shastras ou versos da escritura sagrada no Tantrismo. Na Arte, há alguns livros manuscritos ou grimórios da Arte, os quais são passados de um iniciado para outro. Tais livros são os repositórios dos ensinamentos que pertencem a correntes ou práticas específicas. Estes tomos são conhecidos por vários nomes: O Celeiro Secreto; a Bíblia do Homem de Osso; a Plantação do Demônio; O Livro do Dragão e outros. Ao lado destes grimórios está o "Livro de Sombras", o nome genérico para um livro de práticas wiccan escrito à mão. Este nome tem sido, em alguns casos, adotados por certos membros da Antiga Arte; a sua ressonância poética é em geral a principal razão para que isso aconteça. Em algumas formas da Arte, cada candidato deve fazer a sua própria cópia manuscrita do livro do seu Mestre, pois o livro da Arte de cada membro é queimado após a sua morte.
A natureza essencial de todos estes textos é a de que eles são coleções pessoais de conhecimento mágico acumulado através da experiência direta e compreensão da Arte. É assim que o seu conteúdo é a única preservação dos seus donos; este é com razão o seu tabu natural. O Círculo da Arte é lançado em muitos níveis e, acima de tudo, deve ser lançado sem falhas. Similar ao modo de transmissão textual é a entrega de artefatos mágicos. Por exemplo, presentear o aprendiz com o bastão do Mestre é uma forma deste costume na Bruxaria em Essex. Isto estabelece uma ligação entre os iniciados de gerações sucessivas e dá a esses objetos uma aura espiritual própria. Tais objetos freqüentemente têm nomes que confirmam a crença de que eles vieram da moradia de um espírito. Vale a pena mencionar que a transmissão de conhecimento mágico pode ocorrer somente por intermédio de tais objetos. Isto por causa da sua natureza talismânica e também porque o seu aspecto podem codificar certos arcanos através de marcas de Sigaldry. Da perspectiva de um iniciado, eu acredito que um objeto mágico pode conduzir conhecimento através da atividade do espírito que mora dentro dele. Esta forma de transmissão pode operar independentemente de qualquer outro meio e pode ser uma ponte sobre a divisão de tempo e espaço. Uma pessoa pode, por exemplo, obter um velho cristal em uma loja de antigüidades ou uma imagem entalhada em madeira de uma fonte tribal estrangeira, tal como a África Ocidental.
Trabalhar cautelosamente com tal objeto permite que o iniciado se ocupar com o espírito que nele reside e tirar dele, em transes ou sonhos, uma grande sabedoria sem qualquer contato físico com os seus portadores anteriores. Tal método de trabalho pode trazer novas influências para as práticas do iniciado em Bruxaria Tradicional e pode ativar um estrato profundo de uma sabedoria ancestral que permaneceu adormecida dentro tanto do círculo quando corpo. Ainda que um objeto carregado magicamente obviamente partilhe do plano material, ele pode servir como um conduíte para a transmissão de energias do tipo mais sutis e intangíveis. A doação de artefatos mágicos é ela mesma um potente meio de continuação e acumulação de conhecimento mágico e poder. Isto pode ocorrer através da aparentemente acidental aquisição de conhecimento e poder, no contexto formal de um ritual de iniciação, ou pode até mesmo parte de uma herança familiar. Esta última forma pode se operar através do parentesmo iniciátio de descendência espiritual e/ou através da linhagem genealógica de uma tradição hereditária. Isto nos leva à próxima forma de "transmissão": Bruxaria Hereditária e Tradições Mágicas Familiares. Este tipo de transmissão ocorre dentro do contexto de descendência familiar: o conhecimentos, os costumes e/ou as posses mágicas de uma crença pagã mágico-religiosa preservada dentro dos limites de um grupo fechado e familiar. Tais formas de crenças podem variar grandemente de uma família a outra.
Exemplos com os quais eu estou familiarizado abrangem de tradições de feitiçaria americana até a fé britânica cristo-pagã (às vezes chamada de fé dupla) no que concerne ao poder dos santos como guias espirituais. Tais crenças podem ser citadas como pertencentes, embora não exclusivamente, às Tradições Hereditárias; pois elas podem ser encontradas se dividindo e tornando-se operativas dentro de outras correntes. Eu tenho autorização de relatar, a partir de um contato pessoal, um exemplo em que uma família preservou um interesse em assuntos mágicos e ocultistas ao ponto de coletar material de fontes clássicas, que poderiam ser úteis em conjurações aos deuses antigos. Quando a filha da família tornou-se envolvida com a bruxaria moderna, ela então começou a usar o material passado para ela. A sua magia familiar, ou como quer que queiram chamá-la, tornou-se operativa fora dos seus parâmetros originais. Através de subseqüentes gerações iniciáticas tais materiais mágicos "hereditários" integraram-se com outras práticas e se desenvolveram em sua própria corrente de sucessão. Este exemplo contém elementos tanto de descendência familiar quanto de sucessão iniciática ritual; e como tal, deve ser considerada como uma parte distinta da Bruxaria Tradicional, pelo seu próprio direito. O modo pelo qual as Tradições Hereditárias são perpetuadas varia de família para família e pode ser passada para as próximas gerações usando-se alguns dos caminhos citados previamente. Tradições Familiares são uma raridade e podem ser altamente secretas. Em alguns casos, eles não desejam ser vistas como parte de outras formas de paganismo e práticas mágicas, ou mesmo ter qualquer conexão com elas. Isto deve ser respeitado como uma faceta intrínseca do seu caminho, e apesar de tudo, estas sobrevivências de crenças pagãs são parte da essência espiritual que ressuscita a Fé Antiga. Em exemplos aonde a Tradição Familiar interage com Praticantes da Arte de fora da família, pode haver um enriquecimento mútuo de conhecimento prático e uma garantia de que a sabedoria antiga sobreviva com integridade. Esta interação deve, portanto, ser elogiada.
Ao lado dos caminhos descritos previamente pelos quais a Tradição é transmitida, há outros caminhos de transmissão, tais como aquelas que pertencem ao reino sutil. O meio principal é o da indução onírica. É neste ponto que eu devo cessar de escrever sobre magia e começar a escrever através da magia. Seria tolice persistir em discutir contextos sem conteúdo: o Místico não precisa expressar a revelação do seu coração em outros termos que não aqueles da línguagem do seu coração e nem o artista deveria desperdiçar tempo demais construindo as molduras das suas pinturas e deixar de pintar o seu quadro. Tradutores e emolduradores é que devem fazer estes trabalhos! Há um tipo de feitiço o qual eu devo relatar e por ele procurar convidar o leitor, independentemente da sua disposição, a caminhar para fora e depois para dentro dos mistérios sobre os quais ele está lendo. Para este feito da Arte um cordão de couro e uma pedra-de-bruxa são necessários; a pedra-de-bruxa é uma pedra que tem um furo no meio, surgido naturalmente: um portal gravado pelas mãos da terra e encantado para abrir os idiomas dos rios. Ao obter uma pedra-de-bruxa, a pessoa deveria contemplar a sua abertura e rogar para que ela seja uma entrada para a sua ação em sonhos. Então, a pessoa deveria pegar o cordão de couro e, segurando-o em suas mãos, deveria imaginar os caminhos da procissão mágica noturna.
Considere os espíritos. Pense sobre Aquela que voa de fora do corpo para a liberdade da sombria meia-noite. Suba com os espíritos através das aberturas da carne; separe-se da sua moradia mortal e vagueie pelos reinos espirituais com a companhia invisível do ar. Ande sobre o vento e deite-se nos braços do céu. Ouça a sonora batida de asas de um passarinho e das asas do espírito; ouça o ritmo do seu vôo ocoando as palavras de encantamento, enfeitando os planos noturnos com sigilos de desejos esquecidos. Contemple os portais para o Outro Mundo: vislumbram-se silhuetas contra a abóbada das estrelas. Esteja de acordo com elas; esteja de acordo com o seu anfitrião do céu que vagueia pela noite. Deixe a brisa do rio estelar vivificar a sua alma e guiá-lo pelo rastro do caminho intransitável. Ouça a batida das asas do espírito e sinta a batida do seu coração; ouça a batida do coração e conte os seus passos até a dança sem limites do deus, homem e fera. Contemple os participantes da dança circular. Contemple! Em cada ambiente pungente de fantasia, dê um nó no cordão e então crie um rosário de sonhos potenciais. Quando o cordão tiver sete nós, passe-o pelo furo da pedra-de-bruxa e dê um nó de gravata nele para formar um laço pelo qual uma pessoa possa passar a mão. Deve-se rogar à pedra e ao cordão com uma prece final, pedindo que o feitiço funcione. Então, ao final do dia, a pedra deve ser segurada em uma mão (geralmente, na mão menos usada) e o cordão, preso no pulso. A pedra deve segurada na mão como uma criança no seu berço. Então eu diria para você esquecer do feitiço até a manhã seguinte.
Possivelmente, em sonhos, o seu espírito irá passar pela abertura da pedra e vagar pela processão dos andarilhos da noite, que voam livremente ao lugar que algum chamam de "Sabbat". Aonde quer que os seus sonhos te leve, o cordão deve guiá-lo e trazê-lo de volta para casa, para acordá-lo quando começar o dia. Se nenhum sonho sobrevir a você à noite, então relembre do momento em que você fez o feitiço - pois na fantasia estão os ecos daquilo que não é lembrado. Este é o feitiço para entrar no sonho do Sabbat. É dito por alguns praticantes destes mistérios que o verdadeiro Rito Sabático ou Banquete-círculo da Arte é celebrado em estado de transe lúcido. Acredita-se que o Sabbat é um reino oculto além dos mundos e entre os mundos da vigília, do sono e dos sonhos comuns; é um domínio secreto para o qual os iniciados do Cultus podem viajar, passando através fenda dos mundos que se abre na aurora, ao pôr-do-sol e à meia-noite, para participar da Convocação da Arte. A estrada para o transe Sabbático é acessado por determinados procedimentos, freqüentemente incorporando complexas e obsessivas práticas de magia sexual e indução narco-extática. A gnosis do Sonho Sabbático deriva especificamente das correntes iniciáticas da Arte cujo trabalho foca-se no Misticismo Wytchan ou Witânico (a Convenção do Espírito da Caça e Cultus Sabbati). Nisto, o Sabbat é percebido como um protótipo de todos os trabalhos mágicos e como um círculo unificador de um simbolismo vivo e vital, integrando todos os aspectos da sabedoria da Bruxaria e da técnica mágica. Estes aspectos são reinterpretados via mitopoética pessoal e então revitalizados diretamente por sonhos experimentais do praticante iniciado.
Da experiência do sonhador, elementos específicos são extraídos e utilizados como a base para procedimentos rituais na hora do despertar. O inverso também pode ser útil: aspectos do ritual do despertar podem ser traduzidos em sonhos e então podem assumir novos e profundos significados. É assim que o Sabbat do Místico Witânico opera como o cruzamento entre os mundos como sendo a arena para a refeição de poder mágico primal da sua fonte e para além dela. A Iniciação no Sonho Sabbático é diferente de outras formas de transmissão dentro da Arte; ela ocorre fora do contexto da linearidade temporal e permite a entrada de qualquer um que possua habilidade mágica o suficiente. Ainda que a transmissão onírica seja freqüentemente uma parte do processo de instrução dentro do modo formal de transmissão ritual de conhecimento, ela é, apesar de tudo, uma maneira através da qual qualquer verdadeiro aspirante pode entrar no mistério sagrado da Arte. Pode-se então supor que qualquer um possa reinvindicar um status iniciático via estes meios. Isto pode acontecer, mas um contato genuíno com a corrente interna da gnosis mágica é sempre aparente e não pode ser simplesmente assumida. Uma pessoa deve ser chamada à noite, deixar a sua moradia carnal, o corpo, e voar com na Companhia de Espíritos. O chamado do outro mundos da Convocação Sabbática guia o aspirante diretamente para a fonte do poder iniciático. Alguns podem interpretar isto como uma expressão imaginária ou como uma elaborada reinterpretação de path-workings imaginados sob controle, mas eu asseguro a todos que o Sonho do Sabbat - a Convocação Espiritual das almas andarilhas da Noite - é uma realidade além da imaginação! É o segredo do Grande Retorno, segundo o qual nós podemos realizar um congresso com o Arcanum do Ser Primordial e então com tudo e nada, que nós chamamos de Tradição da Arte Mágica dos Sábios. Voltemos à nossa questão inicial: "O que é Bruxaria Tradicional". Se nós tivermos ganhado uma sensação - uma atmosfera de alguma coisa desta dissertação - então possivalmente a "resposta" foi dada através da reunião nostálgica da verdade. Pois nós podemos busca por muitos anos, mas é sempre entre as atmosferas de magia que a sua essência pode ser apreendida de uma maneira que melhor conduz à realização da sua substância. Eu tenho então procurado dar uma breve insinuação do espírito que impregna a Arte Antiga e formas associadas de práticas mágicas. Com este intento em mente, eu fiz referências a formas exemplares de atividade e uma prévia de cinco caminhos pelos quais o seu conhecimento é perpetuado.
Todos estes aspectos transcendem as limitações impostas por nomes e todos são freqüentemente intrelaçados em um profundo contexto de mitologia vida - em uma auréola de mistério que cerca a realidade dos homens-de-conhecimento. Alguns podem dizer que a questão deveria ser "Bruxaria Tradicional existe"? A pergunta-título e a natureza desta dissertação são uma asserção afirmativa. As respostas do reino são encontradas em livros de pele e sangue. Agora, quem são os "homens-de-conhecimento" e foi realmente dada à questão inicial deste artigo qualquer forma de uma resposta ou algo que o valha? Bem, deixe que os leitores decidam por si mesmos. Sobre quem são os "homens-de-conhecimento", bem... eles estão no meio da procissão Daqueles que andam pela Noite, sejam eles chamados de Bruxas, Feiticeiros, Homens-de-Conhecimento ou Mulheres Sábias - eles são todos parte da herança mágica e mística da Arte dos Sábios de Albion. Proscrito: O meu trabalho na Arte me guiou a confiar um grande valor no conhecimento oral, textual e ritual da Tradição e eu passei a apreciar profundamente o que foi transmitido a mim. Durante os últimos anos, eu tenho ganhado uma consciência mais profunda da responsabilidade que uma pessoa carrega por ser o detentor de tal conhecimento; esta responsabilidade é em relação à própria Tradição e àqueles que irão herdá-la em dias que virão. Conseqüentemente, eu tenho feito contatos com vários companheiros iniciados e tenho procurado preservar qualquer ensinamento que eles tenham confiado a mim. Esta intersessão tem provado ser valiosa e é um passo positivo em direção ao futuro do caminho, em todas as suas formas.
Este esforço dá um encorajamento valioso a todos, revitalisando o sentido sem valor da sacralidade e prevenindo a erosão da espiritualidade que prevalece nos nossos tempos. Se algum leitor deste artigo se empatiza com estes sentimentos e estão participando diretamente em forma de práticas e crenças pertencentes ao campo geral da Bruxaria Tradicional, este é um convite aberto para se corresponder com o autor. Este convite é preferido com a garantia de discrição mais estrita e se extende a qualquer leitor que tenha contato direto com o conhecimento da magia familiar tradicional, bruxaria, práticas dos homens-de-conhecimento e assim por diante. Que sejam abençoados! magiabranca.net

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Uma Apreensão dos Tempos Modernos

Na coletividade bruxa, atualmente tem-se dilatado o campo de intervenção do concebo, acolá da sua intervenção tradicional na edificação do ‘ser’, sendo o feiticeiro chamado a intervir nos campos da reprodução hábil, se tratando das artes bruxas comuns ou ponto que fornece um elo entre todas as eras em todos os lugares do mundo sob efeito e foco do que era feito a façanha das bruxas antigas. Naturalmente, um dos seus dons sempre foi e ainda é, o de criar. As “culturas”, ainda contêm o papel cada vez mais decisivo na preparação e entendimento de concepções a cerca da bruxaria localizada em determinado território, e esta, por sua vez não pode ser propagada para o todo, tão somente se for adaptada ao ponto diverso do original, adequada de forma a não romper com sua alma. A ciência que estuda, examina e pesquisa, explora e observa, descobre e ensina as artes bruxas (witchcraft), outrora denominada pelas línguas latinas como Bruxaria, pretende abordar e explanar, em que medida, com que processos, e em que circunstâncias, as Artes Bruxas, concorreram para a formação do que ela é entendida hoje, ao se moldarem pelas ideologias de sábios e sistemas culturais retirados de sociedades antigas, dos quais seus segredos foram re-interpretados ou não em tempos modernos, (tendo particular atenção ao caso do exoterismo), que é notório e confabula muito para a criação de artigos sobre o tema, bem como participaram - direta ou indiretamente - nas contradições, nas tensões e nas crises dos diversos momentos da história da bruxaria do século XX, em contrapartida de um legado esotérico e feiticeiro transmitido linearmente de forma hermética nos limiares dos Covines de bruxaria tradicional. Quem foram os grandes ocultistas que desde o século XI, deixaram um legado sobre magia, cujo material ainda hoje pode servir de estudo e aplicação, mas que são menosprezados por alguns bruxos pelo simples fato de desconhecerem o fator tradicional em magia? Isso é coisa para se buscar e refletir, pois esses desconhecidos famosos foram os verdadeiros bruxos em sua época. Quais foram as escolas ou teorias que deram vazão ao bom emprego das pesquisas feitas por esses ocultistas? De onde vieram suas idéias sobre magia? Aquilo que a igreja chamou de bruxaria ainda é a mesma coisa nos dias atuais? O termo ‘Bruxaria’ vem somente designar aquilo que a bruxa faz, sim, bruxas fazem bruxarias, mas não alcança a definição de ‘o que é a bruxa’ realmente, também não deixa claro de onde elas retiram seu poder, de onde veio o seu dom e legado, muito menos dá os limites de atuação de uma bruxa, e alguns mentores propõem cultos neo-pagãos e atribuem a isso o termo bruxaria, edificando o culto como sendo tradicional. Mas será que as bruxas incluíam um culto verdadeiramente religioso em suas práticas? Será que as bruxas que não faz culto não tem poder? Se formos estudar as diversas expressões das artes bruxas, veremos que há muito mais do que se possa imaginar. Costuma-se referir na história das artes bruxas mais tradicionais, a imagem e transformação, o entalhe, a modelagem e o uso de raízes e certas plantas, o ofício dos ferreiros e a arquitetura do ser com sua forja desnudada pelo fogo feiticeiro e seus poderes atraídos para residir tal escultura imortal, os atributos dos dons congênitos guardados na alma, ganhados em vidas anteriores e seus usos principalmente nas horas de emergência. Dos estudos mais elementares aos mais altos estudos, são esses os legados de uma bruxaria evidentemente tradicional, pois tudo interessa à bruxaria, sem nos esquecermos de, no que tange a mão verde da bruxa, foi Paracelso quem legou ao mundo a teoria das assinaturas. Portanto se você é um bruxo que trabalha muito bem com as plantas, obrigatoriamente você estudou a botânica oculta de Paracelso. É muito comum alguém chamar a arte rupestre para fundamentar sua vertente de bruxaria pagã. Mas será que a arte rupestre sozinha é suficiente para ser a dona de uma sabedoria eterna, ou foi a partir dessa arte que se desenvolveu uma percepção da fé? A arte rupestre foi a primeira demonstração de arte que se tem notícia na história humana. Seus vestígios datam de antes do desenvolvimento das grandes civilizações e tribos, como as do Antigo Egito. Esse tipo de arte era caracterizado por ser feito com materiais como terra vermelha, carvão, e pigmentos amarelos (retirados também da terra). Os desenhos eram realizados em peles de animais, cascas de árvores, e, principalmente, em paredes de cavernas. Retratavam animais, pessoas, e até sinais. Havia cenas de caçadas, de espécies extintas, e em diferentes regiões. Apesar dos desenvolvimentos primitivos, podem-se distinguir diferentes estilos, como pontilhado (o contorno das figuras formado por pontos espaçados) ou de contorno contínuo (com uma linha contínua marcando o contorno das figuras). Apesar de serem vistas como mal-feitas e não-civilizadas, as figuras podem ser consideradas um exemplo de sofisticação e inovação para os recursos na época. Não existem muitos exemplos de arte-rupestre preservada, mas com certeza o mais famoso deles é o das cavernas de Lascaux, na França. As características da arte na pré-história podem ser inferidas a partir dos povos que viveram nela, por exemplo, os aborígenes, os índios. Na pré-história, a arte não era algo que pudesse ser separada das outras esferas da vida. Ela não se separava dos mitos, da economia, da política, e essas atividades também não eram separadas entre si. Todas essas esferas formavam um todo em que tudo tinha que ser arte, ter uma estética, porque nada era puramente utilitário, como são hoje um cajado, caldeirão ou uma urna eleitoral. Tudo era ao mesmo tempo mítico, político, econômico e estético. E todos participavam nessas coisas. Isso foi a conhecida era pagã. Uma era cujos costumes tradicionais não se aplica nos dias atuais. A arte como uma palavra que designa uma esfera separada de todo o resto só surgiu quando surgiram as castas, classes e Estados, isto é, quando todas aquelas esferas da vida se tornaram especializações de determinadas pessoas: o governante com a política, os caipiras com a economia, os sacerdotes com a religião e os artesãos com a arte. Só aí é que surge a arte "pura", separada do resto da vida, e a palavra que a designa. Mas antes do renascimento, os artesãos eram muito ligados à economia, muitos eram mercadores e é daí que vem a palavra "artesanato". Então a arte ainda era raramente separável da economia (embora na Grécia antiga, a arte tenha chegado a ter uma relativa autonomia), por isso, a palavra "arte" era sinônimo de "técnica", ou seja, "produzir alguma coisa" num contexto bem-educado, para não dizer urbano. No renascimento, alguns artesãos foram sustentados por nobres, os mecenas (os Médici, por exemplo), apenas para que produzissem arte, uma arte realmente "pura". Surgiu então a arte como a arte que conhecemos hoje, assim como a categoria daqueles que passaram a ser chamados de "artistas", e com a Arte Bruxa (Arte Sábia) não foi diferente, mas vemos bruxos urbanos pregarem uma arte bruxa pautada em paganismo, totalmente falida, uma vez que a arte bruxa pode ter tido seu berço nos anais da pré-história, mas é fato consumado que sua aplicação se dá nos dias atuais, em todos os locais civilizados ou não, por meio de tradição linear, e obviamente as mais antigas são as mais clássicas. Ao abordarmos a questão da bruxaria, teremos que decidir de imediato, tão claramente quanto é possível, de que bruxaria pretende-se tratar, pois se versa uma arte-sábia multifacetada, fluída e subdividida em versículos e versões de cada local, cultura, país, região e família. Um ponto que não compreendemos nem lidamos de uma forma abrangente, não pode se tornar matéria de uma revisão dos fenômenos das bruxas, invocado em apoio de suas teorias, qual permitiu a sua realidade, interpretar de forma totalmente diferente, nem tão pouco poderíamos falar de uma linguagem que poucos compreenderão, e dizer que nunca haverá luz demasiadamente difusa para dissipar a fumaça da ‘estrela sombria’. Observamos desempenho em exercer e se mostrar nesse papel de bruxa, enquanto o que deveria haver é aquilo que se traduz como a natureza interior, em que há uma real questão de qualificação no sentido expresso do termo ‘bruxa’, um acesso deste termo em condições normais em que essa qualificação deve ser exigida para o verdadeiro exercício da profissão/ofício em que a bruxa surgiu. Nisso não há nada de excepcional, e nesse sentido, temos uma infinidade de provas consistentes, em que nos muitos países existiu e ainda existe uma espécie de exclusão parcial de comunidade, especialmente com relação ao ofício do ferreiro, freqüentemente associado com a prática de uma magia inferior e perigosa, eventualmente adjunta na maioria dos casos, com a feitiçaria pura e simplesmente. O que nos preocupa, é a obstinação com a qual os modernos movimentos revivalistas da arte bruxa se empenharam para exumar os restos mortais de outras eras e civilizações, algumas relíquias que, se tornam incapazes para a compreensão e realidade, uma vez que se trata de um sintoma bastante confuso e apaixonado, próprio da natureza das influencias sutis que permanecem ligada aos restos mortais, sem que os investigadores suspeitem, são sacados assim alguma luz que é tomada como verdade e liberada na exumação desse artifício, e então, você pode chamar a isto de ‘encorajar’ uma maneira de olhar, não entendendo esta palavra mais que uma declaração que está no ‘humor’ desses elementos, assim, vemos que esse ‘animismo’, se opõe diretamente ao mecanismo, como a própria aparência se opõe a realidade, contudo, isso é o oposto de ‘evolucionista’, e essa concepção é comum a todas as doutrinas tradicionais. A bruxaria parece ser, em última análise, toda e quaisquer influência espiritual que se contata no mundo material, e as fórmulas tradicionais se encontram muito bem guardadas.congrega-lupino.net Por Cléber Lupino Haddad

A BRUXARIA E A ERA DIGITAL: é possível treinar ou ser treinado através da internet?

caldeiraodecirce. Sempre escutamos ou lemos que a Bruxaria é uma religião, ou ofício, ou tipo de religiosidade antiga, que faz parte do próprio desenrolar da História do ser humano. Quando pensamos em “Bruxa” a imagem estereotipada nos vêm à mente, seguida pela imagem de nós mesmos, após os anos de estudo e esclarecimento do que é, de fato, uma bruxa, um bruxo. Antiga... antiga religião, antiga prática de fazer poções, Bruxaria, Wicca, Bruxaria Tradicional, Bruxaria Moderna... Não importa para o nosso papo aqui que definição queiramos dar para a prática da Bruxaria. O fato é que hoje as antigas práticas da bruxa se mesclam com a era digital. Difícil ver uma bruxa nos dias de hoje sem celular, notebook, tablet, enfim... Vivemos num mundo cuja tecnologia é o caminho para nos aproximar daquilo que é antigo, tradicional. Isso se comprova com facilidade. Pergunte-se de onde você conheceu pessoas da Bruxaria. Pergunte-se aonde você vai para aprender sobre Bruxaria. Eu garanto que boa parte de vocês conheceu praticantes na internet e quando quer saber algo é na internet que você vai buscar. Aliás, você está lendo este artigo por causa da internet! Pois é, hoje em dia a internet é o grande canal da comunidade pagã, onde se aprende, onde se conhece gente... onde, para muitos, inicia-se a descoberta do caminho sacerdotal. Sim, para muitas vertentes da Bruxaria que a encaram como uma religião sacerdotal, como por exemplo, a Wicca, os seus adeptos passam por um longo caminho rumo ao sacerdócio. A esse caminho damos o nome mais comum de Dedicação. Durante a dedicação inicia-se o processo iniciático de uma pessoa dentro dos mistérios da Bruxaria. Esses mistérios são encontrados no mundo, na vida, em outras religiões? Sim, mas com nuances diferentes, enfoques diferentes. Mesmo dentro da Bruxaria, o acesso aos mistérios tem suas particularidades de acordo com o caminho ao qual você pertence. Se você faz parte de um grupo, de uma tradição, se é solitário, enfim, existem muitos caminhos e cada qual tem sua peculiaridade. No entanto, os mistérios são os mistérios e estão aqui, lá, em toda parte... quem tiver olhos que enxergue. E o que isso tudo tem a ver com a era digital? Bem, deixemos os solitários de lado por hora. Não por menosprezo, de modo algum! Mas por que meu foco hoje é falar dos treinamentos sacerdotais que se desenvolvem pela internet. Isso é possível? Como seria isso? Eu comecei falando que o moderno, o tecnológico nos abre as portas do antigo, do tradicional. Através do novo, acessamos o velho, sim. Mas se nos remetermos aos primórdios da Bruxaria... Ok, nem precisamos ir aos primórdios. Vamos ao período medieval. As bruxas sempre foram mulheres fora de seu tempo, modernas dentro das possibilidades que seu tempo permitia. Caldeirão? Se já existisse panela elétrica, com certeza seria uma dessas que usaríamos em nossos ritos! Sim, as bruxas sempre foram moderninhas! E por isso mesmo, não me espanta o fato de a Bruxaria ter como ponto de proliferação a internet. Quantos bruxos e bruxas você conhece que entendem de fazer sites, de navegar nas redes sociais? Quantos são ótimos em desenho digital, trabalham com internet? Quantos vídeos falando sobre Bruxaria você já viu no Youtube? Sites, grupos, comunidades, fanpages, blogs, vlogs, podcasts... Aposto que você vai achar um número razoável de pessoas que desenvolve algum trabalho de Bruxaria ligado a um ou mais desses conceitos. Então esse é o nosso mundo, essa é a nossa realidade. E se assim é, já podemos ampliar os horizontes de treinar pessoas on line? Podemos dedicar pessoas on line? Podemos iniciar pessoas on line? Bem, aí esbarramos numa questão complexa. Até onde podemos ir? Até onde devemos ir? Podemos orientar pessoas pela internet. Muitos desempenham essa função e é maravilhoso. Eu diria até mesmo que é possível treinar alguém via internet, mas nem tudo dá para ser feito à distância. Certas coisas, certos rituais precisam ser presenciais. Por exemplo, uma pessoa que treina alguém pela internet, sem qualquer rito de marcação desse momento, passando a dar as orientações com base em sua experiência, mas sem vínculo espiritual é tão somente uma orientadora. No caso, a pessoa que está sendo orientada será, se assim for o caso, uma autoiniciada. Orientar uma pessoa é diferente de dedicar uma pessoa. Um dedicado e um dedicador já estabelecem um laço espiritual que vai se fortalecendo (ou não) com o decorrer do treinamento e que se consolida com a entrada do dedicado naquilo que chamamos de estado iniciático, momento em que ocorre a iniciação e a entrada efetiva daquela pessoa na família espiritual do dedicador/iniciador. É um nascimento com vínculos fortíssimos entre o iniciador e o iniciado. E também entre os irmãos e irmãs daquela família. Agora, orientar uma pessoa é falar o que ela tem que estudar, é dar um norte para onde tem que ir, num nível formal, sem qualquer vínculo espiritual. Mesmo que a pessoa que orienta tenha "olhos" para enxergar o momento em que aquela pessoa está preparada para se iniciar, ela não é nem o dedicador e nem o iniciador dessa pessoa, mas apenas um orientador. Os laços da dedicação (e ainda mais após a iniciação) são laços muito profundos. E o trabalho de um sacerdote como instrumento dos Deuses no moldar de um dedicado ou iniciado vai muito além de mostrar o caminho do que se tem que estudar, quando e como se tem que estudar. Sendo assim, pode acontecer dedicação à distância? Pode sim, só que essa distância não pode ser total. É preciso que haja certa periodicidade de encontros, participação em certos ritos junto com o dedicador... e, por óbvio, o rito de iniciação é presencial. Não tem como ser diferente disso. Até mesmo por todo o processo antes, durante e depois do ritual. A dedicação de uma pessoa, nem sempre leva a mesma a entrar na sua família mágica... muitos param durante a dedicação. E a orientação menos ainda. Podemos dizer então que temos: Dedicação: aquela em que o postulante vai aprender tudo com base no que foi aprendido pelo sacerdote, pelo coven ou tradição. A dedicação é a "pré entrada" de uma pessoa dentro de uma egrégora, dentro de um sistema mágico que envolve aquele sacerdote, aquele grupo, por isso tem um rito próprio que marca o início desse período de preparação e treinamento. Após esse período, o postulante passa a fazer parte efetivamente da família espiritual do sacerdote, que é seu coven ou tradição, tendo acesso a ritos e mistérios que são fechados e que apenas iniciados daquele grupo têm acesso. Orientação: é mostrar o que o postulante deve aprender, ajudar com dúvidas, trocando ideias. Se o sacerdote tem um grupo (coven ou tradição), ele já tem o material litúrgico daquele grupo, e nesse tipo de orientação, geralmente, o orientado não tem acesso a esse material. Pode ter acesso a ensinamentos obviamente vividos pelo orientador, mas não à liturgia própria do grupo ao qual o sacerdote pertence. Não há rito de entrada, não há vínculo espiritual, não há orientação no sentido de auxiliar o orientando na inserção dos mistérios dentro dos preceitos vividos pelo orientador. Olhando para trás, penso em como tudo se transforma e de como de fato somos os moldadores, os co-criadores de nossa realidade, junto dos Deuses. Antes tínhamos os bruxos solitários ou de família. A Bruxaria se desenvolveu primordialmente nesse meio, tanto que até hoje temos a tendência de chamar de irmãos, filhos, netos, as pessoas que fazem parte de nosso grupo, de nossa tradição. É um resquício de um passado longínquo, mas que, de certo modo, ainda está presente e vivo em nossas vidas. Quando fazemos parte de uma verdadeira família espiritual entendemos isso e outras coisas. É um reencontro de almas antigas que um dia celebraram juntas e que hoje podem novamente celebrar. E para muitos, de lugares distantes, isso só é possível graças à modernidade e à tecnologia! Sendo assim, um treinamento à distância é possível, mas existem limites para esse procedimento, pois o convívio, o vínculo, o amor, a cumplicidade e a construção energética de uma relação ao ponto de chamar outra pessoa de irmão, de filho – ou seja de que a outra pessoa faça parte de sua família – é uma lenta construção. É muito comum que as pessoas que desejam fazer parte de um grupo tendam a dizer que amam as pessoas daquele grupo, sem que isso seja real. Da mesma forma, é bastante comum que as pessoas queiram ver seus grupos crescer, ascender e se tornar grandes grupos, famosos... Isso é uma questão de ego que parece, inclusive, ir de encontro com a ideia de que a Bruxaria jamais foi uma espécie de religiosidade de massas.. E a internet, por ser uma ferramenta de disseminação, de promoção de encontros excepcionais, serve a esses propósitos, gerando uma banalização da ideia de família espiritual, de vínculo espiritual entre mestre e discípulo... Contudo, de forma alguma a internet substitui o contato olho no olho, a prática conjunta, o abraço. Talvez cheguemos a um ponto em que esses questionamentos sejam desprezados. Talvez já hoje, enquanto você lê este artigo, sua opinião sobre o assunto seja diversa do que escrevi. São as transformações, os ciclos da vida... Mas, para mim, embora eu tenha amigos queridíssimos on line, no meu trilhar e na minha família espiritual, só faz parte aquele que sai da tela do computador e me abraça sinceramente e comigo comunga no moderno caminho dos Antigos Deuses.caldeiraodecirce.

Bruxaria – No princípio

"Na Bruxaria, cada um de nós deve relevar sua própria verdade" The Spiral Dance: a Rebirth of the Ancient Religion of the Great Goddess Muito já foi falado no Madrugada Macabra sobre os mistérios da natureza e da realidade, além da crença no sobrenatural, na existência de criaturas míticas e na influência de fatores paranormais nas vidas humanas. Falamos sobre criaturas com poderes paranormais, sobre homens brincando de deus, sobre maldições milenares. Ignorando, é claro, a discussão sobre a veracidade ou não destas e para efeitos de argumentação admitindo que tais forças sobre/supranaturais de fato existam em algum nível, seria possível para o ser humano adquirir a capacidade de manipular estas forças ao seu favor? Controlar a natureza, ser senhor da vida e da morte? É exatamente disso que se trata um dos temas mais antigos da humanidade (relacionado ao sobrenatural), a Bruxaria.
As origens dos conceitos relacionados ao que hoje chamamos de Bruxaria remontam à pré-história. Embora seja difícil precisar qualquer época, é seguro afirmar que tudo começou ainda quando o homem estava nas cavernas, e atribuía a seres invisíveis (geralmente mulheres – me desculpem os que gostam de ver deus como um ser masculino, mas as primeiras deusas eram provavelmente mulheres) a responsabilidade pelas forças da natureza (sol, vento, noite, tempestades, etc). Estas crenças se repetiram em diversas outras culturas, tornando-se mais complexas em lugares como a Grécia e o Egito Antigo, mas mantendo as mesmas características: seres humanóides aos quais eram atribuídos os inexplicáveis mistérios da natureza, bons ou ruins, muitos deles possuidores de dons mágicos. A noção de que a própria natureza seria uma entidade por si só (a “mãe natureza”) também é um conceito bastante antigo (tanto é que a palavra “natureza” vem do latim “natura”, e significa “nascimento”). Aliás, a comunhão, respeito e adoração à natureza era a base da bruxaria original (e embora alguns discordem desta afirmação, a bruxaria é provavelmente a “religião original”).
Não há como se precisar com certeza onde as alegações de que era possível manipular as forças da natureza passou dos deuses para os mortais, mas os relatos de bruxas estão espalhados por virtualmente todas as culturas antigas do mundo, embora diferindo levemente em alguns aspectos. Na Ásia, a Babilônia é um notório local onde a bruxaria era algo comum (sendo visto inclusive em relatos bíblicos, onde estas práticas eram consideradas exclusivamente malignas e condenadas pelo cristianismo); no folclore japonês, há duas categorias específicas de bruxos(as): os que possuem cobras como seus representantes, e os que possuem raposas; em lugares como o Haiti, o mito dos Zumbis está intimamente ligado à bruxaria; o Egito Antigo também possui um histórico abrangente de práticas de bruxaria. Mas as noções de bruxaria que conhecemos hoje estão ligadas especialmente às crenças que surgiram e cresceram na Europa durante a Idade Média, e cuja repercussão histórica é notável, principalmente devido ao escopo que tais crenças abrangeram. Embora histerias a respeito de criaturas sobrenaturais não tenham sido incomuns no passado, com abertura de tumbas de supostos vampiros e caça aos lobisomens, foi a Bruxaria que levou o homem moderno mais longe em termos de barbárie provocada por medo e superstição.
Originalmente a Europa não associava a bruxaria a práticas demoníacas, relacionando-as com Diana (Deusa romana da caça e dos bosques). A caça as bruxas começou de forma mais intensa no Sudeste da França e na Suíça, se desenvolveu entre os séculos 14 e 15 e atingiu seu ápice no sudoeste da Alemanha entre 1561 a 1670, não por acaso em uma época onde a influência da Igreja (tanto popular quanto política) era grande o bastante para convencer as pessoas que as Bruxas (que em sua grande maioria eram mulheres) eram amantes do demônio e, portanto, malignas por natureza. Isso levou a uma perseguição insana por quaisquer mulheres que fugissem dos padrões considerados corretos pela sociedade da época. Além disso, foi a desculpa necessária para uma série de condenações que tinham na verdade outros propósitos (era comum o marido traído acusar a mulher de bruxaria, bem como mulheres com quem padres tiveram casos secretos e acabaram engravidando, às vezes como forma de vingança ou até para se apropriar de bens alheios, apenas para citar algumas situações). Os “métodos” utilizados para confirmar que a mulher era bruxa não eram nem de longe justos e muitas vezes (para não dizer a maioria delas) utilizava-se de tortura, que nunca serviu de fato para confirmar se a mulher era bruxa, e sim fazê-la confessar de qualquer maneira. Fazendo um paralelo com a época da perseguição comunista nos anos 50/60, você tinha que fazer de tudo para não ser acusada de bruxaria pois, se fosse, tarde demais. Você já era bruxa e não voltaria a ver a luz do dia.
Foi este período de caça às bruxas que trouxe para os tempos modernos (embora isso tenha mudado nas últimas décadas) o conceito de que toda a bruxaria é inerentemente ruim e toda a bruxa é um ser maligno, não raro associada à práticas satânicas. No entanto antes disso a bruxaria por si só não era considerada uma coisa maligna; era uma capacidade que o seres humanos (principalmente mulheres) eram capazes de adquirir, e poderiam usar tanto para o bem quanto para o mal. As bruxas estavam, no passado remoto, mais ligadas ao xamanismo do que ao demonismo, sendo, assim como os xamãs, figuras sociais que auxiliavam em aspectos como saúde, e comunicação com os mortos e/ou com os deuses. Curiosidades: - A Igreja Católica não foi a primeira instituição a condenar a bruxaria, e nem a idade média o único período; através da história e através das culturas, foi comum líderes condenarem estas práticas com medo dos poderes que as bruxas possuíam; - Aliás, falando em idade média, novos registros históricos mostram que, ao contrário do que se pensa, a caça às bruxas começou no fim da idade média e se estendeu por boa parte da idade moderna, sendo este período o mais marcante da perseguição às bruxas; - Estima-se que cerca de 50 mil pessoas tenham sido vítimas da caça às bruxas, sendo destas apenas 25% homens; - Curiosamente, a grande maioria das vítimas era cristã; - Muitas pessoas acusadas de bruxaria por “estarem possuídas pelo demônio” podem ter sofrido os sintomas de um fungo comum no centeio e outros cereais que ataca o sistema nervoso central. Quem comesse pão infectado com aquele fungo sofreria seus sintomas. Isso também foi uma das explicações para a praga da dança de 1518; - Witch (o termo em inglês para bruxa) deriva do inglês antigo, mais especificamente das palavras wicca e wicce, respectivamente o masculino e feminino de “Feiticeiro(a), mago”; - Antigamente, Bruxaria e feitiçaria se diferenciavam pelo fato de, na bruxaria, não ser necessário ferramentas físicas específicas nem ações coreografadas para lançar um feitiço.uarevaa.com

Happy Halloween

Bruxos antigos em tempos modernos

Sobre as correspondências - Correspondências são relações entre as cores, números, cheiros e objetos. Usados hoje em dia para aumentar o sucesso de um feitiço, Isto é baseado em um princípio de que semelhante atrai semelhante. Seguindo as práticas mágicas cerimoniais das sociedades secretas ocultistas, Gardner deu grande importância à utilização de correspondências e acrescentou seu uso em rituais da Wicca e Magia. Usar as correspondências corretas em uma magia pode implicar em uma quantidade considerável de tempo economizado na realização e resultado de um feitiço. Isto inclui o cheiro de incenso correto, a cor correta das velas e as cores corretas de uma toalha do altar, cores corretas de vestimentas e adornos, isto para citar apenas cinco de uma longa lista de possíveis correspondências. Mesmo que os bruxos tradicionais possam desfrutar da aparência agradável de um altar muito bem preparado e adornado, não é indispensável seu uso no ofício. Enquanto muitos bruxos tradicionais reconhecem a importância de correspondências em ritual de magia e, na maioria das vezes estas correspondências nos poupa muito esforço e tempo nos resultados, ainda hoje a maioria das correspondências mágicas na Arte Tradicional é espontânea e não é utilizada além de um grau mínimo. Se a correspondência correta é acessível, então ela pode ser usada. Correspondências são agradáveis, mas são considerados de menor importância. Para os bruxos tradicional, a preparação interior da mente, tem uma importância muito maior do que as correspondências. O bruxo Tradicional prefere usar a meditação na maioria das vezes para permitir a visualização de magia concluída. A energia primária de qualquer encantamento vem da mente do bruxo tradicional ou vem da ajuda dos espíritos, e não de um ritual, uma ferramenta ritual, a cor da vela, ou um conjunto de outros adereços. Isto muitas das vezes apesar de ser muito importante é ignorado por alguns praticantes de bruxaria moderna que muitas das vezes se preocupam muito mais com correspondências do que com a preparação espiritual e pessoal antes de uma pratica de magia. Há um ditado que dizem que enquanto bruxos modernos passam a maior parte do seu tempo se preparando para a magia, bruxos tradicionais passam a maior parte de seu tempo realizando a magia! Sobre espaços sagrados - A bruxaria moderna acredita que todos os rituais e feitiços devem ser feitos dentro de um círculo, esta é uma crença da magia cerimonial que foi agregada a bruxaria moderna. Eles acreditam que um círculo é necessário para a criação do espaço sagrado. A bruxaria tradicional acredita que toda a Terra é sagrada para os deuses seguindo esta linha de pensamento algumas vertentes da bruxaria tradicional não utiliza esta pratica, é claro que na época de nossos ancestrais isto era possível, não que a terra deixou de ser sagrada, mas hoje em dia ela já foi muito violada e poluída. Hoje não temos espaços sagrados, espaços pessoais, vivemos em amontoados de concreto, muitas vezes passados de mãos em mãos de um inquilino ao outro ou mesmo quando estamos diante de uma bela praia ou de uma floresta mesmo assim estamos sendo olhados por satélites, aviões e helicópteros, diante disto é claro que o circulo ritual para criação de um espaço sagrado veio a calhar e ele alem do ritual também pode ser usado para a proteção, como um retiro para ajudar a concentração e na meditação ou para qualquer outra coisa que o bruxo tradicional possa ter em mente.velhocaminho.com

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Halloween: O Dia das Bruxas

O Halloween ou Dia das Bruxas é uma festa típica da Inglaterra, Estados Unidos e Canadá que acontece nos dias 31 de Outubro. À noite, crianças e adolescentes, vestidos com fantasias de fantasmas, bruxas, múmias, drácula, duendes, gnomos, entre outras criaturas, e carregando abóboras iluminadas com velas, praticam o mesmo ritual: bater de porta em porta, pedindo doces aos moradores (brincadeira de "trick or treat", "travessuras ou doces"). Halloween na Ilha Grande Dia das Bruxas na Ilha Grande Inicialmente o Halloween não tinha nenhuma relação com as bruxas, na verdade era um festival do calendário celta da Irlanda, que era celebrado entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro marcando o fim do verão, que era considerado como o ano novo para os celtas, para eles esta data era uma data sagrada. O ápice da “festa” ocorria na noite entre 31 de outubro e 1º de novembro. Esta noite era chamada de Hallow Evening, transformando-se em Hallowe’en e finalmente Halloween. A relação do Halloween com as bruxas ocorre na Idade Média em virtude das perseguições incitadas por líderes religiosos e políticos, conduzindo homens e mulheres, considerados curandeiros ou pagãos, a severos julgamentos pela Inquisição. Os “proclamados” bruxos ou bruxas, em elevado sentido pejorativo e negativo, eram jogados na fogueira e queimados vivos. Existia a lenda, que dizia que os espíritos dos mortos voltariam para assombrar os vivos. As pessoas tinham muito medo de serem possuídas por esses espíritos, e por isso todo dia 31 de outubro, eles se vestiam de bruxas e caveiras para assombrar os espíritos. Hoje o Dia das Bruxas é comemorado por milhares de pessoas em todo mundo, não como uma data sagrada, mas como uma data divertida e diferente. : ilhagrande.org

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

As Bruxas ardiam mais na Idade Moderna que na Idade Média

Apesar dos casos de caça às bruxas, e condenações à fogueira de supostos comparsas do demónio e praticantes de magia, ter ocorrido já durante a Idade Média, foi no início da Idade Moderna (do renascimento à revolução industrial) que o fenómeno cresceu e atingiu o culminar. Curiosamente, ou talvez não, os fenómenos de caça às bruxas em massa iniciaram-se na Europa do século XV (por decreto papal, e não só), mas depois de um período de acalmia, atingiu o culminar das perseguições no início do século XVII, coincidindo esse facto com os picos de tensão provocados pelas guerras da religião. Essa paranóia agudizava-se quando a Europa caia no rigorosíssimo religioso reformista e contrarreformista (opondo protestante e católicos). No entanto, as tensões eram muito mais que religiosas, eram também económicas e sociais. Aliás, foram, para além do preconceito e medo do desconhecido, razões materialistas e sociais que sustentavam grande parte da perseguição à bruxaria (especialmente a feminina). O Sabbath das Bruxas (O grande Bode) - Goya As pessoas processadas por bruxaria foram maioritariamente mulheres, seguindo o estereótipo de velha camponesa que vivia num local isolado. Mas esse estado de situação foi comum durante o período das guerras da religiosas (nomeadamente na Guerra dos 30 anos) que assolaram a Europa do século XVII, com muitas mulheres a viver sozinhas e abandonadas depois dos maridos terem sido mortos em combate. Fazendo uma leitura da época, podem encontrar-se, tal como já referi, razões socioeconómicas para a marginalização e perseguição dessas mulheres. Muitas delas tinham então de viver de esmolas e da caridade alheia, o que as obrigava também a comportamentos mais agressivos e marginalizantes. Logo, eram consideradas um peso para a sociedade de então, nem que fosse inconscientemente. Segundo, havia também as razões políticas, com vários casos registados de denúncias entre opositores políticos, que atacavam os inimigos acusando suas mulheres de bruxaria, tentando assim denegrir-lhes a imagem e prestígio público. Por fim, existiam também as razões económicas, especialmente quando essas mulheres dispunham de heranças consideráveis. Em certos casos registados foram os familiares dessas mulheres a mover as acusações de bruxaria, garantido assim o acesso fácil à herança. Por exemplo, na Nova Inglaterra, 90% das mulheres acusadas de bruxaria não tinham descendentes varões. Sobre a caça às bruxas, independentemente das motivações religiosas, pode dizer-se que: foi, especialmente, uma perseguição para com as mulheres, e um sinal de uma sociedade intolerante, impreparada para lidar com os dramas sociais e até algo interesseira. Quanto teremos mudado? Terão desaparecido as bruxas e o modo de caça intolerante?abuscapelasabedoria.com

Nox Arcana - Labyrinth Of Dreams

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Salem Witch Trial Documentary

Hecate

Na mitologia grega, Hécate é a rainha da noite, a senhora dasencruzilhadas, a anciã de tres rostos regente da Lua Minguantee condutora das almas. Ela era invocada para proteger osgregos das almas errantes, dos perigos nos caminhos. hecate2 A colheita se completa. Luz e trevas se equilibram. Hoje se manifesta a Grande Deusa Tríplice. Da vida surge a morte. Da morte novamente surge a vida. O Universo e tudo nele contido observam este ciclo. Eternamente terminando, eternamente renovando. Assim é com todos nós humanos. em nossa manifestação. - Eu peço a Hécate: "- Remova todas as sementes de pensamentos negativos que eu tenha plantado. Que eu colha apenas as sementes de pensamentos que me tragam Alegria e abundância. Remova todas as sementes de sentimentos negativos que eu tenha plantado. Que eu colha apenas as sementes de sentimentos que me abençoem Amor e Ternura. Remova todas as sementes de vibrações negativas que eu tenha plantado. Que eu colha apenas as sementes de vibrações que me abençoem Saúde e Consciência."Por isto eu louvo e honro - A Deusa Tríplice da Vida Divina. hecate Era chamada de A Mais Amável, Rainha do Mundo dos Espíritos, Deusa da Bruxaria. Especialmente para os trácios, Hécatera a deusa da Lua, das horas de escuridão e do Submundo.Parteiras eram ligadas a ela.Alguns mitos dizem que Hécate era filha dos titãs Tártaros e Noite;outras versões dizem ser de Perseus e Astéria(Noite Estrelada), oude Zeus e Hera.Um de seus animais sagrados era a rã, um símbolo da concepção. Era chamada a deusa das transformações, pois regia várias passagensda vida, e podia alterar formas e idades. Hécate era considerada comoo terceiro aspecto da Lua, a Megera ou a Anciã(Portadora da Sabedoria).Os gregos chamavam Hécate de A Megera dos Mortos, aliada de Zeus,ela era acompanhada por uma matilha de lobos. Como aspecto da deusa Amazona a carruagem de Hécate era puxada por dragões. Seus símbolos eram a chave e o caldeirão. As mulheres que a cultuam normalmente tingiam as palmas de suas mãoes e as solas dos pés com hena. seus festivais aconteciam durante a noite, à luz de tochas. Anualmente, na ilha de Aegina no golfo Sarônico, acontecia um misterioso festival em sua honra. Essa era uma deusa caçadora que sabia de seu papel no reino dos espíritos; todas as forças secretas da Natureza estavam sob seu comando. 1º Ritual Você precisará de uma adaga ritual, um pequeno caldeirão, uma maçã,um pedaço de pano preto e uma pequena quantidade de sal, além dos seus instrumentos normais. Ponha a maçã dentro do caldeirão e cubra-o com o pano preto. Abra o círculo como de costume. Com seu bastão de poder em sua mão toque no caldeirão por cinco vezes e diga: "Sábia Hécate, eu peço a sua benção.Erga o véu para que eu possa saudar meus ajudantes espirituais,Antigos amigos de outras vidas, e os que são novos. Que apenas aqueles que me desejam bem penetrem neste local sagrado." - Descubra o caldeirão. Apanhe a maçã, erga-a em oferenda e deposite-a no altar: "Hécate, seu caldeirão mágico é a fonte da morte e renascimento, Uma experiência pela qual cada um de nós passa repitidas vezes. Eis aqui seu símbolo de vida na morte." - Corte a maçã transversalmente com a adaga. Contemple o pentagrama revalado no miolo. Devolva as duas metades da maçã ao caldeirão e cubra-o novamente com o pano preto: "Apenas os iniciados têm acesso aos Mistérios Ocultos. Apenas aqueles que realmente buscam conseguem encontrar o caminho espiral. Apenas aqueles que conhecem suas muitas faces secretas podem encontrar a Luz que leva ao Caminho Interior;" - Ponha uma pitada de Sal em sua língua: "Eu estou mortal, mas ainda assim imortal. Não há fim para a vida, apenas novos recomeços. Eu caminho ao lado da Deusa em suas muitas formas. Nada há, portanto a temer. Abra minha mente, meu coração e minha alma aos profundos Mistérios do Caldeirão, Ó Hécate! Efetue uma meditação de busca à deusa da Lua Nova. Ouça suas mensagens. Esteja alerta a novos guias e mestres que podem surgir para ajuda-lo. 2º Ritual Nesta noite alie-se à Hécate para combater os obstáculos: Escolha um anel de prata,consagre-o, pense em todos os obstáculos que deseja eliminar. Use o anel até que todos estejam vencidos. luzemhisterio.com.br/

As dádivas da deusa Hécate

Mirella Faur O dia 13 de agosto era uma data importante no antigo calendário greco-romano, dedicada às celebrações das deusas Hécate e Diana, quando Lhes eram pedidas bênçãos de proteção para evitar as tempestades do verão europeu que prejudicassem as colheitas. Na tradição cristã comemora-se no dia 15 de agosto a Ascensão da Virgem Maria, festa sobreposta sobre as antigas festividades pagãs para apagar sua lembrança, mas com a mesma finalidade: pedir e receber proteção. Com o passar do tempo perdeu-se o seu real significado e origem e preservou-se apenas o medo incutido pela igreja cristã em relação ao nome e atuação de Hécate. Essa poderosa Deusa com múltiplos atributos foi considerada um ser maléfico, regente das sombras e fantasmas, que trazia tempestades, pesadelos, morte e destruição, exigindo dos seus adoradores sacrifícios lúgubres e ritos macabros. Para desmistificar as distorções patriarcais e cristãs e contribuir para a revelação das verdades milenares, segue um resumo dos aspectos, atributos e poderes da deusa Hécate. Hécate Trivia ou Triformis era uma das mais antigas deusas da Grécia pré-helênica, cultuada originariamente na Trácia como representação arcaica da Deusa Tríplice, associada com a noite, lua negra, magia, profecias, cura e os mistérios da morte, renovação e nascimento. ”Senhora das encruzilhadas” - dos caminhos e da vida - e do mundo subterrâneo, Hécate é um arquétipo primordial do inconsciente pessoal e coletivo, que nos permite o acesso às camadas profundas da memória ancestral. É representada no plano humano pela xamã que se movimenta entre os mundos, pela vidente que olha para passado, presente e futuro e pela curadora que transpõe as pontes entre os reinos visíveis e invisíveis, em busca de segredos, soluções, visões e comunicações espirituais para a cura e regeneração dos seus semelhantes. Filha dos Titãs estelares Astéria e Perseu, Hécate usa a tiara de estrelas que ilumina os escuros caminhos da noite, bem como a vastidão da escuridão interior. Neta de Nyx, deusa ancestral da noite, Hécate também é uma “Rainha da Noite” e tem o domínio do céu, da Terra e do mundo subterrâneo. “Senhora da magia” confere o conhecimento dos encantamentos, palavras de poder, poções, rituais e adivinhações àqueles que A cultuam, enquanto no aspecto de Antea, a “Guardiã dos sonhos e das visões”, tanto pode enviar visões proféticas, quanto alucinações e pesadelos se as brechas individuais permitirem. Como Prytania, a “Rainha dos mortos”, Hécate é a condutora das almas e sua guardiã durante a passagem entre os mundos, mas Ela também rege os poderes de regeneração, sendo invocada no desencarne e nos nascimentos como Protyraia, para garantir proteção e segurança no parto, vida longa, saúde e boa sorte. Hécate Kourotrophos cuida das crianças durante a vida intra-uterina e no seu nascimento, assim como fazia sua antecessora egípcia, a parteira divina Heqet. Possuidora de uma aura fosforescente que brilha na escuridão do mundo subterrâneo, Hécate Phosphoros é a guardiã do inconsciente e guia das almas na transição, enquanto as duas tochas de Hécate Propolos, apontadas para o céu e a terra, iluminam a busca da transformação espiritual e o renascimento, orientado por Soteira, a Salvadora. Como deusa lunar Hécate rege a face escura da Lua, Ártemis sendo associada com a lua nova e Selene com a lua cheia. No ciclo das estações e das fases da vida feminina Hécate forma uma tríade divina juntamente com: Kore/Perséfone/Proserpina/Hebe - que presidem a primavera, fertilidade e juventude -, Deméter/Ceres/Hera – regentes da maturidade, gestação, parto e colheita - e o Seu aspecto Chtonia, deusa anciã, detentora de sabedoria, padroeira do inverno, da velhice e das profundezas da terra. Hécate Trivia e Trioditis, protetoras dos viajantes e guardiãs das encruzilhadas de três caminhos, recebiam dos Seus adeptos pedidos de proteção e oferendas chamadas “ceias de Hécate”. Propylaia era reverenciada como guardiã das casas, portas, famílias e bens pelas mulheres, que oravam na frente do altar antes de sair de casa pedindo Sua benção. As imagens antigas colocadas nas encruzilhadas ou na porta das casas representavam Hécate Triformis ou Tricephalus como pilar ou estátua com três cabeças e seis braços que seguravam suas insígnias: tocha (ilumina o caminho), chave (abre os mistérios), corda (conduz as almas e reproduz o cordão umbilical do nascimento), foice (corta ilusões e medos). Devido à Sua natureza multiforme e misteriosa e à ligação com os poderes femininos “escuros”, as interpretações patriarcais distorceram o simbolismo antigo desta deusa protetora das mulheres e enfatizaram Seus poderes destrutivos ligados à magia negra (com sacrifícios de animais pretos nas noites de lua negra) e aos ritos funerários. Na Idade Média, o cristianismo distorceu mais ainda seus atributos, transformando Hécate na “Rainha das bruxas”, responsável por atos de maldade, missas negras, desgraças, tempestades, mortes de animais, perda das colheitas e atos satânicos. Essas invenções tendenciosas levaram à perseguição, tortura e morte pela Inquisição de milhares de “protegidas de Hécate”, as curandeiras, parteiras e videntes, mulheres “suspeitas” de serem Suas seguidoras e animais a Ela associados (cachorros e gatos pretos, corujas). No intuito de abolir qualquer resquício do Seu poder, Hécate foi caricaturizada pela tradição patriarcal como uma bruxa perigosa e hostil, à espreita nas encruzilhadas nas noites escuras, buscando e caçando almas perdidas e viajantes com sua matilha de cães pretos, levando-os para o escuro reino das sombras vampirizantes e castigando os homens com pesadelos e perda da virilidade. As imagens horrendas e chocantes são projeções dos medos inconscientes masculinos perante os poderes “escuros” da Deusa, padroeira da independência feminina, defensora contra as violências e opressões das mulheres e regente dos seus rituais de proteção, transformação e afirmação. No atual renascimento das antigas tradições da Deusa compete aos círculos sagrados femininos resgatar as verdades milenares, descartando e desmascarando imagens e falsas lendas que apenas encobrem o medo patriarcal perante a força mágica e o poder ancestral feminino. Em função das nossas próprias memórias de repressão e dos medos impregnados no inconsciente coletivo, o contato com a Deusa Escura pode ser atemorizador por acessar a programação negativa que associa escuridão com mal, perigo, morte. Para resgatar as qualidades regeneradoras, fortalecedoras e curadoras de Hécate precisamos reconhecer que as imagens destorcidas não são reais, nem verdadeiras, que nos foram incutidas pela proibição de mergulhar no nosso inconsciente, descobrir e usar nosso verdadeiro poder. A conexão com Hécate representa para nós um valioso meio para acessar a intuição e o conhecimento inato, desvendar e curar nossos processos psíquicos, aceitar a passagem inexorável do tempo e transmutar nossos medos perante o envelhecimento e a morte. Hécate nos ensina que o caminho que leva à visão sagrada e que inspira a renovação passa pela escuridão, o desapego e transmutação. Ela detém a chave que abre a porta dos mistérios e do lado oculto da psique; Sua tocha ilumina tanto as riquezas, quanto os terrores do inconsciente, que precisam ser reconhecidos e transmutados. Ela nos conduz pela escuridão e nos revela o caminho da renovação. Porém, para receber Seus dons visionários, criativos ou proféticos precisamos mergulhar nas profundezas do nosso mundo interior, encarar o reflexo da Deusa Escura dentro de nós, honrando Seu poder e Lhe entregando a guarda do nosso inconsciente. Ao reconhecermos e integrarmos Sua presença em nós, Ela irá nos guiar nos processos psicológicos e espirituais e no eterno ciclo de morte e renovação. Porém, devemos sacrificar ou deixar morrer o velho, encarar e superar medos e limitações; somente assim poderemos flutuar sobre as escuras e revoltas águas dos nossos conflitos e lembranças dolorosas e emergir para o novo.teiadethea.org